Entre o Vinho e o Sangue
Quando larguei minha pasta sob a mesa de centro da sala, como sempre faço quando chego de um dia cansativo, não reparei que a havia deixado a luz do banheiro acessa, era a folga da empregada, então não podia ter sido ela, respirei a fui em direção ao banheiro, e apago a luz sem entrar... Vou pra cozinha pegando uma taça e a garrafa de vinho ambas na sala, coloco vinho seco, até metade da taça e sento no sofá grande e branco, pego o jornal para ler, mas acabou nem prestando atenção na manchete, pois fiquei olhando para o banheiro, foi então que levantei segurando a taça e segui em direção ao banheiro, empurrei a porta bem devagar e ela fez um barulho agudo que nunca fez antes, olhei para o espelho e havia sangue, olhei para a pia e vi mas um pouco de um vermelho e recente sangue, já assustado olhei pra a banheira, cheia d'água, era uma água suja e cheia de sangue, pensei, "quem pode estar dentro dela?" Fui em direção a banheira, e coloquei minhas mãos, não tinha nada ali dentro...
Voltei para a sala e coloquei a minha taça na bancada que divide a cozinha com a sala, peguei o telefone para ligar para o porteiro do prédio, queria pedir pra ele chamar a policia, algum homicídio havia acontecido, foi então que pensei que não era uma boa ideia, eles poderiam pensar que fui eu...Eu não sabia o que fazer, liguei então para um amigo, queria ajuda dele, mas o celular não atendia.. A campainha tocou, eu entrei em desespero, mas era apenas minha namorada, na porta, que ao ver minha demora para abrir, pegou a chave reserva e entrou. Contei a ela o que estava acontecendo expliquei do sangue no banheiro e ela ficou super assustada, ela queria chamar alguém mas eu estava sentindo que não podia fazer isso, tinha algo que eu precisava lembrar, peguei a taça de novo e ascendi um cigarro, enquanto ela me encarava pensativa, ficamos em silêncio até ela cortar dizendo: - Pedro sumiu ontem. Pedro era meu amigo, amigo de infância ficamos juntos em todos os momentos, somos tipo irmãos, fiquei pensando por alguns segundos no que ela tinha me dito, algo eu precisava entender...
- Como você sabe? - Perguntei.
- Ele não atende o celular desde ontem. - Ela disse com a voz roca, como se não estivesse querendo dizer.
- E o que você estava fazendo ligando para ele? - Perguntei sério.
Ela não respondeu. Foi então que ficou claro. Eu já tinha ciumes de Pedro com ela, agora suspeito dos dois, eu me aproximei dela e gritei segurando seu rosto : - Me fala!!!? - Consegui ver nos olhos dela, quando derramou uma lágrima. Ela estava apaixonada por ele. Mandei ela sair do meu apartamento, não queria ver na minha frente, ela assustada começou a negar algo que eu poderia estar pensando, eu comecei a tremer, pois ela começou a jogar injurias ao meu respeito, eu bati nela, ela caiu desesperada e chorando, voltei para a cozinha, e dessa vez peguei a garrafa inteira, tomei metade em um gole só, ascendi outro cigarro, ela apareceu mais calma, ainda chorando e com a marca de minha mão em seu rosto, perguntou-me: - Já sabe o que vai fazer com o banheiro? - Eu olhei com ódio para a cara dela, e mandei ela calar a boca e sair da minha casa, ela segurou em meus braços e eu a empurrei. Ela pegou a bolsa e saiu, antes de abrir a porta, olhou pra mim esperando alguma reação, mas não dei nenhuma...Fui para o banheiro com um esfregão e produtos de limpeza, para falar verdade, não estava dando a minima pra o que tinha acontecido naquele comodo, alguém usou lá pra matar alguém... Tirei a camisa, ficando assim com a camiseta branca que tinha por baixo, olhei em meus braços quando me abaixei para limpar o chão ensanguentado e vi marcas, como se alguém tivesse apertado eles e os deixado roxo, eu apertei meu dedo em cima da marca, e tive um reflexo, eu via Pedro, apertei de novo e via ele beijando minha namorada, ignorei essas visões pois achava que era algo que minha cabeça inventava. Tirei a tampa ralo da banheira pra descer aquela água imunda, logo quando está acabando de descer, algo engasga no ralo, é uma correntinha de prata, peguei pra olhar em minhas mãos, seguei com a minha camiseta, era a correntinha do Pedro, ele usava no braço, dizia que dava sorte, não entendi por qual motivo estava em minha banheira, apertei a correntinha e lembrei de uma faca, fiquei vendo essa imagem por alguns segundos, mas ignorei novamente, me abaixei para limpar a banheira por dentro e ao levantar bati minha cabeça no alto vaso que tem no banheiro, veio o uma dor horrível, fechei meus olhos e quando abri estava enxergando tudo em preto e branco, comecei a ter visões do passado, eu me via ligando para o Pedro, depois de ter chegado bem tarde ontem a noite, lembro te der vindo de um restaurante onde havia visto ele e minha namorada se beijando. Eu não estava entendendo o que eu estava vendo, minha cabeça doía muito. Comecei a ver o Pedro entrando em meu apartamento, e eu o abraçando feliz em vê-lo, perguntei onde ele foi essa noite, para não estar em casa, mas ele mentiu na resposta, ele não disse que estava com minha namorada, fui pra cozinha preparar uma bebida, ele ficou estirado, como sempre fica, no sofá, parecia assutado ou algo do tipo. Peguei um espumante para comemorarmos, ele não entendeu o motivo de ser essa bebida, levei junto uma faca para abrir com aquela jeito agressivo, ele ficou espantado, pois eu nunca tinha aberto assim. Após abrir coloquei a faca em cima da mesa de centro e então ele disse: - Preciso ir ao banheiro. - Ele levantou e seguiu em direção ao banheiro, fui atrás dele, logo que ele fechou a porta, com a faca e minha taça em minhas mãos. Quando ele abriu a porta logo estava eu apontando a faca para ele, era muito nítido a expressão de medo que ele fez, mandando eu parar com a brincadeira, ele foi indo pra trás bem devagar, eu sem virar pra trás fechei a porta. Ele me perguntou o que eu estava fazendo, eu disse suavemente: Te matando. A dor em minha cabeça continua forte, eu estava me lembrando do que havia feito. Eu tinha o matado. Observava por fora da cena que acontecia no banheiro, e a qual minha memoria me fazia lembrar, Pedro tentou correr pra porta, ele sempre foi medroso e covarde, ao passo que ele deu, eu enfiei a faca na costela dele, o fazendo cair, comecei a gritar com ele:- Por que não me disse que estava com ela? - Ele continuou parado. - Me responda? Quando vocês começaram a se ver? - Eu não parava de perguntar e não dava tempo para que ele respondesse, mas por fim ele disse: - Já faz um tempo, eu não pode contar, fiquei apaixonado por ela, não esperei ele terminar, passei a faca no pescoço dele toda a força que tive, seu sangue vermelho correu por todo o banheiro, jorrou sangue pelo espelho todo, comecei a perfurar o corpo todo dele com a faca, seu sangue estava se espalhando facilmente, abri as torneiras da banheira e peguei o corpo dele o colocando dentro, mas ainda não estava bom, eu precisava machuca-lo mais, peguei um saco de lixo grande que tinha na ultima gaveta da cozinha e coloquei o corpo dele, levei ele para um galpão abandonado, bem longe da cidade, peguei os galões de gasolina que tinha no carro para queima-lo, coloquei o corpo dele dentro daquelas latas grandes, e coloquei ele a fogo, fiquei horas vendo o corpo dele queimar... Quando não restou mais nada, voltei pra casa, já estava muito cansado pra fazer qualquer outra coisa, até mesmo limpar meu banheiro, apenas deitei e dormi, com a roupa todo cheia de sangue daquele imbecil. Eu ainda estava ali olhando a cena que causei na noite anterior, minha dor foi passando e voltei a enxergar as coisas com suas cores, a ficha caiu, eu tinha matado meu melhor amigo, tinha matado o amante de minha namorada, mas faltou-me uma coisa. Corri para o estacionamento para pegar meu carro, estava indo em direção a casa dela, ela tinha que morrer também. Entrei como um louco na casa dela, me deparei com ela chorando sob a cama, com uma foto dela com Pedro,tirei o revolver da calça e a matei, com um tiro rápido e sensato na cabeça, joguei a arma chão e sai correndo para meu carro, estava indo em direção as montanhas, as mais altas da cidade, chegando lá, comecei a escrever em meu caderno isso que hoje você lê, enterrei na terra perto de uma arvore grande e torta, a espera de alguém achar... Por fim, fui a ponta das montanhas e me joguei...
Escrito por: Caio Gomez
Voltei para a sala e coloquei a minha taça na bancada que divide a cozinha com a sala, peguei o telefone para ligar para o porteiro do prédio, queria pedir pra ele chamar a policia, algum homicídio havia acontecido, foi então que pensei que não era uma boa ideia, eles poderiam pensar que fui eu...Eu não sabia o que fazer, liguei então para um amigo, queria ajuda dele, mas o celular não atendia.. A campainha tocou, eu entrei em desespero, mas era apenas minha namorada, na porta, que ao ver minha demora para abrir, pegou a chave reserva e entrou. Contei a ela o que estava acontecendo expliquei do sangue no banheiro e ela ficou super assustada, ela queria chamar alguém mas eu estava sentindo que não podia fazer isso, tinha algo que eu precisava lembrar, peguei a taça de novo e ascendi um cigarro, enquanto ela me encarava pensativa, ficamos em silêncio até ela cortar dizendo: - Pedro sumiu ontem. Pedro era meu amigo, amigo de infância ficamos juntos em todos os momentos, somos tipo irmãos, fiquei pensando por alguns segundos no que ela tinha me dito, algo eu precisava entender...
- Como você sabe? - Perguntei.
- Ele não atende o celular desde ontem. - Ela disse com a voz roca, como se não estivesse querendo dizer.
- E o que você estava fazendo ligando para ele? - Perguntei sério.
Ela não respondeu. Foi então que ficou claro. Eu já tinha ciumes de Pedro com ela, agora suspeito dos dois, eu me aproximei dela e gritei segurando seu rosto : - Me fala!!!? - Consegui ver nos olhos dela, quando derramou uma lágrima. Ela estava apaixonada por ele. Mandei ela sair do meu apartamento, não queria ver na minha frente, ela assustada começou a negar algo que eu poderia estar pensando, eu comecei a tremer, pois ela começou a jogar injurias ao meu respeito, eu bati nela, ela caiu desesperada e chorando, voltei para a cozinha, e dessa vez peguei a garrafa inteira, tomei metade em um gole só, ascendi outro cigarro, ela apareceu mais calma, ainda chorando e com a marca de minha mão em seu rosto, perguntou-me: - Já sabe o que vai fazer com o banheiro? - Eu olhei com ódio para a cara dela, e mandei ela calar a boca e sair da minha casa, ela segurou em meus braços e eu a empurrei. Ela pegou a bolsa e saiu, antes de abrir a porta, olhou pra mim esperando alguma reação, mas não dei nenhuma...Fui para o banheiro com um esfregão e produtos de limpeza, para falar verdade, não estava dando a minima pra o que tinha acontecido naquele comodo, alguém usou lá pra matar alguém... Tirei a camisa, ficando assim com a camiseta branca que tinha por baixo, olhei em meus braços quando me abaixei para limpar o chão ensanguentado e vi marcas, como se alguém tivesse apertado eles e os deixado roxo, eu apertei meu dedo em cima da marca, e tive um reflexo, eu via Pedro, apertei de novo e via ele beijando minha namorada, ignorei essas visões pois achava que era algo que minha cabeça inventava. Tirei a tampa ralo da banheira pra descer aquela água imunda, logo quando está acabando de descer, algo engasga no ralo, é uma correntinha de prata, peguei pra olhar em minhas mãos, seguei com a minha camiseta, era a correntinha do Pedro, ele usava no braço, dizia que dava sorte, não entendi por qual motivo estava em minha banheira, apertei a correntinha e lembrei de uma faca, fiquei vendo essa imagem por alguns segundos, mas ignorei novamente, me abaixei para limpar a banheira por dentro e ao levantar bati minha cabeça no alto vaso que tem no banheiro, veio o uma dor horrível, fechei meus olhos e quando abri estava enxergando tudo em preto e branco, comecei a ter visões do passado, eu me via ligando para o Pedro, depois de ter chegado bem tarde ontem a noite, lembro te der vindo de um restaurante onde havia visto ele e minha namorada se beijando. Eu não estava entendendo o que eu estava vendo, minha cabeça doía muito. Comecei a ver o Pedro entrando em meu apartamento, e eu o abraçando feliz em vê-lo, perguntei onde ele foi essa noite, para não estar em casa, mas ele mentiu na resposta, ele não disse que estava com minha namorada, fui pra cozinha preparar uma bebida, ele ficou estirado, como sempre fica, no sofá, parecia assutado ou algo do tipo. Peguei um espumante para comemorarmos, ele não entendeu o motivo de ser essa bebida, levei junto uma faca para abrir com aquela jeito agressivo, ele ficou espantado, pois eu nunca tinha aberto assim. Após abrir coloquei a faca em cima da mesa de centro e então ele disse: - Preciso ir ao banheiro. - Ele levantou e seguiu em direção ao banheiro, fui atrás dele, logo que ele fechou a porta, com a faca e minha taça em minhas mãos. Quando ele abriu a porta logo estava eu apontando a faca para ele, era muito nítido a expressão de medo que ele fez, mandando eu parar com a brincadeira, ele foi indo pra trás bem devagar, eu sem virar pra trás fechei a porta. Ele me perguntou o que eu estava fazendo, eu disse suavemente: Te matando. A dor em minha cabeça continua forte, eu estava me lembrando do que havia feito. Eu tinha o matado. Observava por fora da cena que acontecia no banheiro, e a qual minha memoria me fazia lembrar, Pedro tentou correr pra porta, ele sempre foi medroso e covarde, ao passo que ele deu, eu enfiei a faca na costela dele, o fazendo cair, comecei a gritar com ele:- Por que não me disse que estava com ela? - Ele continuou parado. - Me responda? Quando vocês começaram a se ver? - Eu não parava de perguntar e não dava tempo para que ele respondesse, mas por fim ele disse: - Já faz um tempo, eu não pode contar, fiquei apaixonado por ela, não esperei ele terminar, passei a faca no pescoço dele toda a força que tive, seu sangue vermelho correu por todo o banheiro, jorrou sangue pelo espelho todo, comecei a perfurar o corpo todo dele com a faca, seu sangue estava se espalhando facilmente, abri as torneiras da banheira e peguei o corpo dele o colocando dentro, mas ainda não estava bom, eu precisava machuca-lo mais, peguei um saco de lixo grande que tinha na ultima gaveta da cozinha e coloquei o corpo dele, levei ele para um galpão abandonado, bem longe da cidade, peguei os galões de gasolina que tinha no carro para queima-lo, coloquei o corpo dele dentro daquelas latas grandes, e coloquei ele a fogo, fiquei horas vendo o corpo dele queimar... Quando não restou mais nada, voltei pra casa, já estava muito cansado pra fazer qualquer outra coisa, até mesmo limpar meu banheiro, apenas deitei e dormi, com a roupa todo cheia de sangue daquele imbecil. Eu ainda estava ali olhando a cena que causei na noite anterior, minha dor foi passando e voltei a enxergar as coisas com suas cores, a ficha caiu, eu tinha matado meu melhor amigo, tinha matado o amante de minha namorada, mas faltou-me uma coisa. Corri para o estacionamento para pegar meu carro, estava indo em direção a casa dela, ela tinha que morrer também. Entrei como um louco na casa dela, me deparei com ela chorando sob a cama, com uma foto dela com Pedro,tirei o revolver da calça e a matei, com um tiro rápido e sensato na cabeça, joguei a arma chão e sai correndo para meu carro, estava indo em direção as montanhas, as mais altas da cidade, chegando lá, comecei a escrever em meu caderno isso que hoje você lê, enterrei na terra perto de uma arvore grande e torta, a espera de alguém achar... Por fim, fui a ponta das montanhas e me joguei...
Escrito por: Caio Gomez